Cinco maneiras de desenvolver seus talentos em um futuro incerto

Publicado por Andre Bello em

As redações de jornais já estão escarafunchando os arquivos para montar suas retrospectivas do ano de 2023, e um tema que certamente estará em destaque é a IA e o futuro do mercado de trabalho. Esse assunto ter sido abordado com alarde, e a verdade é que, sim, muitas pessoas perderão seus empregos. Porém, é mais provável que elas não sejam substituídas por robôs, mas por seres humanos mesmo. Por aqueles que sabem trabalhar junto com a IA. 

Nesse sentido, não há nada de novo: tal como as tecnologias disruptivas anteriores, a IA vai eliminar alguns empregos, mas novos serão criados. O problema é que as pessoas substituídas pela automação não têm acesso imediato a todos os novos empregos criados pela tecnologia. Por isso, em um cenário no qual o futuro envia sinais confusos e incertos, precisamos não apenas de requalificação ou melhoria de competências, mas de pré-qualificação. Isto é, precisamos preparar talentos para o futuro e reinventar as carreiras das pessoas antes mesmo de sabermos quais serão os empregos e as competências exigidas.

Para isso, há algumas recomendações, lições tiradas dos padrões históricos recentes, para pré-qualificar a força de trabalho das organizações. Aqui estão cinco delas:

1 – Foco no potencial: À medida que a vida útil das competências e conhecimentos atuais diminui, é aconselhável contratar e promover pessoas, não pelo que fizeram no passado, mas pelo que poderão fazer no futuro. Significa dar prioridade às competências interpessoais — como a capacidade de aprendizagem, a curiosidade, a resiliência e a adaptabilidade — em detrimento das competências puramente técnicas.

2 – Feedback é crucial: A maioria dos funcionários e gestores estão se perguntando o que farão no futuro, se a sua experiência e conhecimento ainda serão relevantes. Nesse contexto, o feedback baseado em dados pode ajudar as pessoas a entender como suas habilidades podem ser um ativo futuro para sua organização. Significa pensar nos líderes como agentes de talentos, com a função de nutrir proativamente as capacidades das pessoas.

3 – Foco na expansão dos talentos: Deve-se buscar ampliar e expandir os talentos das pessoas. Não aproveitar os pontos fortes já existentes, mas sim ajudar no desenvolvimento de novos pontos fortes, aumentando a versatilidade dos colaboradores. 

4 – Valorize os gerentes: Os gestores detêm a chave para desbloquear o potencial humano no trabalho, especialmente quando o desafio é revitalizar, reenergizar e reimaginar o talento, aproveitando suas competências transversais críticas acumuladas ao longo do tempo.

5 – Invista em habilidades de liderança: Os próprios líderes das organizações precisam estar pré-qualificados, pois, com IA ou não, ainda terão a tarefa de definir e vender a estratégia da empresa, bem como impulsionar a evolução da sua cultura. Trata-se também de compreender que os líderes de hoje podem não ser adequados para o amanhã. Se seus sucessos se baseiam na replicação do que funcionou no passado, talvez exista um obstáculo à adaptabilidade da organização. 

Em fim, é importante ter em mente, como nas revoluções tecnológicas anteriores, alguns empregos desaparecerão, mas novas oportunidades surgirão. O desafio é garantir que aqueles impactados pela automação hoje estejam, o mais rapidamente possível, prontos para os empregos do amanhã.

O futuro pertence àqueles que se adaptam e inovam, independentemente da evolução da tecnologia.

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4 comentários

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